Considerado o enfant terrible da psicanálise, por sua ousadia em enfrentar questões delicadas no corpo teórico e clínico da mesma, e por sua dedicação ao que fora deixado de lado na obra de Freud, Sándor Ferenczi se destacou como um dos seus discípulos prediletos, bem como seu mais significativo colaborador. Pertencente à primeira geração da psicanálise, foi um dos organizadores e defensores do movimento psicanalítico, tendo sido dele a idéia de que um pequeno grupo de homens pudesse ser analisado por Freud pessoalmente, para depois transmitir a psicanálise em suas cidades de origem. Essa prática acabou por dar origem à análise didática e, mais tarde, à institucionalização da psicanálise, com a fundação da International Psychonalytical Association – IPA, criada por ele a pedido de Freud. Conhecido por ser um analista eminentemente clínico, se ocupou da teoria do espaço analítico e do lugar do analista, distinguindo-se de Freud que tratou, mais especificamente, da estruturação do aparelho psíquico.
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Resenha elaborada por Maria Nilza Mendes Campos, do Instituto de Psicanálise Virgínia Leone Bicudo, da Sociedade de Psicanálise de Brasília.
https://febrapsi.org/publicacoes/biografias/sandor-ferenczi/